quarta-feira, 10 de outubro de 2018
SINDICATOS
Fraude expõe "indústria" bilionária disputada por 10 mil sindicatos
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6 de agosto de 2016, 7h01
Por Marcos de Vasconcellos
A reportagem sobre a criação de um falso sindicato, no qual um empresário tentava usar um ex-empregado seu como laranja, prometendo, entre outras coisas, um salário de R$ 10 mil, foi uma amostra de como o Brasil fomenta a chamada “indústria de sindicatos”. Com o sistema de sindicato único e contribuição compulsória, o valor pago por 12.757.121 trabalhadores é dividido, hoje, por 10.926 entidades, segundo dados do Ministério do Trabalho e da Previdência Social, mesmo sem que elas efetivamente representem tais empregados.
Pela lei, cada sindicato recebe 60% de um dia de trabalho de cada um de seus filiados, as confederações ficam com 5%, e federações, com 15%. No ano passado, foram R$ 3,1 bilhões arrecadados. “Mesmo que o sindicato não represente ativamente uma categoria, a contribuição é compulsória. Por isso existem no Brasil muitos sindicatos chamados ‘fantasmas’, que arrecadam sem nada oferecer em troca”, critica o advogado Akira Sassaki, especialista em Direito do Trabalho da Adib Abdouni Advogados.
Para se tornar credora do imposto sindical, basta que a entidade tenha a “carta sindical”, que a confere representação legal. Isso sem que seja analisado se o discurso e os atos praticados pela entidade sindical realmente estão alinhados com o pensamento daqueles que ela representa, aponta Carlos Eduardo Dantas Costa, sócio da Peixoto e Cury Advogados.
Em caso exposto pela ConJur, empresário usa empregado como laranja para fundar um sindicato de trabalhadores.
No caso noticiado com exclusividade pela ConJur, a contribuição não chegou a ser paga, pois a formação do sindicato foi impedida pelo trabalhador que era usado como laranja. No entanto, a certeza de que o dinheiro viria fica exposta nas falas daqueles que organizavam a criação da entidade. O dono da pizzaria dizia para seu ex-empregado: “Tanto eu como você, nós vamos ganhar uma grana boa, cara!”. Um representante da Força Sindical dizia, por sua vez, afirmava que com o dinheiro que ganharia com o sindicato, o trabalhador conseguiria abrir uma rede de pizzarias ou comprar uma casa na Bahia.
O advogado Nelson Mannrich, sócio de Mannrich, Senra e Vasconcelos Advogados e professor titular da USP, é categórico: “Enquanto ficarmos brincando de reforma trabalhista sem rever nosso modelo sindical, continuaremos a dar força para espertos como o dono da pizzaria relatado na reportagem. Por óbvio que aos sindicalistas não interessa enfrentar esse ponto e qualquer ameaça provoca a ira deles”.
Na opinião de diversos advogados consultados pela ConJur, a adoção da pluralidade sindical deveria ser incluída na pauta da “reforma trabalhista” pregada pelo atual governo de Michel Temer. O reflexo inicial dessa mudança seria a criação de diversos sindicatos em uma mesma base territorial, mas a concorrência determinaria a sobrevivência apenas daqueles que prestarem os melhores serviços aos associados, afirma Arthur Rizk Stuhr Coradazzi, advogado da área trabalhista do Rayes e Fagundes Advogados Associados.
Questão criminal
A discussão não fica restrita, no entanto, a quem trabalha na área trabalhista. O criminalista Daniel Bialski, do Bialski Advogados, aponta que a gravação citada pela reportagem deixa nítido que os dados do trabalhador estavam sendo utilizados na constituição do sindicato. “Aqui, para além dos crimes de falso previstos nos artigos 297; 298 e 299 do Código Penal, caracterizam-se sérios indícios de estelionato, previsto no artigo 171 do mesmo código, além da aplicação da Lei 12.850/2013, já que tudo era bem estruturado e orquestrado por um plural de agentes, divididos em diferentes tarefas, tratando-se, pois, de verdadeira organização criminosa”, explica.
27/04/2017
A farsa da greve e dos sindicatos
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É comovente e, ao mesmo tempo, desoladora a forma ingênua como algumas pessoas bem-intencionadas aderem a manifestações de sindicatos supostamente em defesa de “mais direitos” ou de “melhorias para os trabalhadores”.
Tal percepção não poderia ser mais equivocada. Diferentemente desta visão idílica, os sindicatos não estão aí para defender os direitos dos trabalhadores. Estão, sim, para defender, em 1º lugar, os interesses de suas castas dirigentes, e, em 2º lugar, de seus associados. O restante recebe é a conta para pagar!
Se os sindicatos se importassem de verdade com a melhoria das condições de trabalho e remuneração dos trabalhadores EM GERAL, focariam naquilo que REALMENTE importa: AUMENTO DE PRODUTIVIDADE.
Com o aumento da produtividade do trabalho, o empregador passa a dispor de maiores excedentes e é “forçado” a dar aumentos – forçado não, obviamente, pela pressão dos líderes sindicais, mas sim pelo medo da concorrência de outras empresas, ansiosas por poderem contar com os melhores trabalhadores em seu plantel.
E como aumentar a produtividade?
Oferecendo aos participantes do jogo (trabalhadores, empregadores, investidores, empresas) regras claras e previsíveis, abrindo-se o mercado do País ao Mundo (oportunizando uma maior especialização e divisão de trabalho), tornando o sistema tributário mais racional e razoável, garantindo estabilidade monetária e respeito aos investimentos de estrangeiros e nacionais. Somente assim formaremos o capital físico e humano para alavancar o crescimento da produtividade do trabalhador no Brasil, fazendo com que a renda do brasileiro cresça de maneira efetiva e sustentável.
As grandes e incontestes melhorias obtidas pelos trabalhadores ao longo da história recente não se deram POR CAUSA DOS SINDICATOS, mas sim APESAR DELES.
A FARSA POR TRAZ DA ORGANIZAÇÃO DOS FALSOS SINDICATOS DE DETETIVES
LUIZ GOMES 5 DE OUTUBRO DE 2017 2 COMENTÁRIOS OPINIÃO
A FARSA POR TRAZ DA ORGANIZAÇÃO DOS FALSOS SINDICATOS DE DETETIVES
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“Tanto eu como você, nós vamos ganhar uma grana boa, cara!”
“Com o dinheiro que você vai ganhar no sindicato vai conseguir comprar uma casa na Bahia e até uma rede de pizzaria”
“Se fizer tudo certinho vai ganhar um salário de 10 mil”
“Um sindicatão do caramba, um sindicato grande, um negócio que dá muito, que dá muito dinheiro, entendeu? Que é pra arrumar a vida, pra arrumar a vida! Cê entendeu? Pra você ter uma ideia, um sindicato desses aí arrecada mais de um milhão por mês”
Foi assim que começou a tentativa de aliciação de uma pobre vítima dos aproveitadores da boa fé alheia disfarçados de líderes de classe.
Era para ser uma grande jogada de mestre de um grupo de espertalhões e malandros, desses que não gostam de trabalhar e viver ás custas do suor do próximo.
O caso, que já chegou à Polícia Civil de São Paulo, começou em 30 de junho de 2016, quando foi publicado no Diário Oficial da União um edital de convocação de assembleia para fundar o Sindicato dos Empregados em Restaurantes das cidades de de Osasco, Barueri, Itapevi e Santana do Parnaíba – SP.
O plano começou a ir por água abaixo quando um funcionário de uma pizzaria afirmou em depoimento a polícia que seu nome e seus documentos foram usados sem o seu consentimento e autorização para fraudar ATAS de ASSEMBLÉIAS para a criação de um suposto sindicato.
A história completa pode ser lida no site do Consultor Jurídico. (CLIQUE AQUI) É de arrepiar!
Sugiro aos meus nobres colegas detetives que leiam esta história com bastante atenção e façam uma analogia com alguns fatos que vem ocorrendo ultimamente no meio da nossa classe.
Resolvi escrever este artigo a pedido de muitos companheiros que acompanham o blog e que conhecem a minha luta em defesa da classe dos detetives.
OS ABUTRES NÃO DESISTEM
Estamos vendo mais uma vez o grupo de impostores e aproveitadores liderados pelo falso detetive político já conhecido de todos nós, se mobilizando e convocando reuniões sob o pretexto de organizar a classe dos detetives particulares do Brasil.
Não foi o bastante a tentativa de prejudicar milhares de profissionais, pais e mães de família, trabalhadores incansáveis e que não sabem fazer outra coisa além da sua gloriosa profissão de detetive particular, se veem agora diante dos seus olhos em mais uma tentativa da falsa comissão de detetives e impostores de acorrentar os trabalhadores para sugarem seu sangue sem piedade.
A aprovação da Lei 13.432/17 vetada em sua quase totalidade, não foi o suficiente para frear a ação voraz dos aproveitadores e malandros infiltrados na categoria que a todo custo tentam ganhar dinheiro as custas do trabalhador , diga-se de passagem, sem trabalhar. Não fosse a ação de alguns bravos guerreiros e verdadeiros detetives, todos os profissionais, sem exceção, independente de tempo de profissão, estariam aqui hoje impedidos de exercer talvez a sua única profissão. Estaríamos todos hoje engessados na rua da amargura, sob risco de prisão para quem desobedece-se a Lei.
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Com muita luta e determinação esses valorosos e incansáveis companheiros conseguiram derrubar os principais artigos absurdos da Lei 13.432/17 como foi o caso do veto art. 3º que exigia de todos os profissionais fizessem o tal curso de 600h que nem existia e não existe.
Não é de hoje que venho denunciando esses impostores que se apresentam como líderes da classe, mas que não verdade, são velhos conhecidos de todos nós.
Basta fazer uma simples pesquisa e ver que os vendedores de ilusões de hoje são os mesmos personagens fracassados do passado que com suas instituições inoperantes nada fizeram pela classe nos últimos 20 anos.
Podemos citar aqui alguns poucos exemplos para clarear a mente dos mais velhos na profissão e alertar os mais novos.
O sindicato dos detetives de Pernambuco tem mais de 20 anos de fundação e só existe no papel. O presidente hoje é o mesmo de ontem, nunca largou o osso, e com um agravante: não trabalha na profissão e não vive da profissão. Um sujeito que não acreditou na profissão e que optou por seguir em outra, acha hoje que conhece os problemas da minha profissão. Quer dizer a mim e a você profissional como temos que trabalhar e o que e melhor para todos nos.
Um outro exemplo clássico é um tal Conselho dos detetives de São Paulo CONDESP. Esse conselho foi fundado há mais de 13 anos no endereço residencial do seu presidente e continua no mesmo endereço até hoje. Recentemente o seu presidente fundou um outro sindicato no mesmo endereço residencial. São duas entidades de classe com nomes diferentes na mesma residência, só não se sabe qual funciona no quarto, na sala, na cozinha ou no banheiro.
Poderíamos falar sobre outras entidades como uma de Alagoas, outra do Rio Grande do Sul, também uma do Paraná, e por aí vai, mas vamos precisar de muitas horas, talvez um dia inteiro. Então vamos avançar no assunto, porque no final vocês vão acabar descobrindo que são todos farinha do mesmo saco e que estão acomunados e atuando juntos novamente. E que não há nada de novo acontecendo. Trocaram apenas o enredo e a fantasia, mas os atores são os mesmos do passado.
Outras denuncias de ofícios falsos enviados para o Senado Federal em nome da comissão, apoiadores e colaboradores que troca as iniciais do nome para não descobrirem seus problemas serão desmascarados em breve. Mas vamos em frente!
Com um discurso demagogo de que a classe precisa ser organizada, estruturada e normatizada, este grupo de impostores e aproveitadores da boa fé saem em suas caravanas de meia dúzia de gatos pingados (95% da classe) como eles mesmos gostam de alardear, vendendo ilusão e oferecendo cargos na suposta e futura ordem dos detetives do Brasil em troca de apoio aos seus planos de poder.
Muitos desavisados e leigos no assunto e outros de boa fé acreditando nas mentiras e falácias do tal grupo de impostores acabam se rendendo acreditando que estão ajudando a construir uma nova história para a categoria. O que eles não sabem é que a armadilha está sendo preparada para aprisioná-los eternamente.
O plano de trabalho é apresentado aos desavisados que alertados sobre a importância da união regida sob o manto de uma entidade superior de classe (Ordem dos detetives) fecham os olhos e assinam documentos e Atas de reunião sem pestanejar. Fotos das reuniões são apresentadas como registro onde se veem pessoas abraçadas umas as outras, sorridentes, no entanto, essas pessoas não se conhecem, não tem nenhuma relação de amizade, não conhece o passado uns dos outros e muito menos a integridade ética, moral e conhecimento intelectual a respeito das demandas da categoria que todos deveriam ter, condições estas imprescindíveis aos pretendentes a cargos de entidades de representação de classe.
Para atrair os tolos e desavisados, colocou-se no centro da ratoeira (armadilha) a ideia de uma suposta carteira única de identificação que dara mais respeito e reconhecimento ao detetive. Tudo mentira! Pura falácia!
Como o queijo que atrai o rato para a morte, a carteira bonita e distintivo sem valor aprisionara milhares.
O que essas pessoas não sabem é que ao assinarem uma ATA de ASSSEMBLÉIA de constituição de diretoria nos supostos sindicatos estarão também assumindo os acertos e principalmente todos os ERROS praticados pelos seus amigos e sócios na empreitada. Sim, sócios! Associado significa sócio, ou seja, participe de uma sociedade. Sociedade esta que respondera unilateralmente por todos os atos praticados pelos seus sócios diretores.
Dividas que forem feitas em nome da instituição e não pagas ou protestada ensejara em COBRANCA JUDICIAL e na responsabilização de todos os diretores que constarem em ATA. Podendo haver inclusive bloqueio de contas pessoais, busca e apreensão de bens e outras dores de cabeça como oficial de justiça batendo na porta.
E de conhecimento dos mais antigos na profissão de casos envolvendo sindicatos, associações e conselhos, onde foram realizadas compras pessoais em nome da entidade, financiamento de veículos para diretores em nome da entidade, sem falar nas dividas por falta de pagamento do aluguel do local onde funcionava essas entidades e que acabaram sofrendo cobrança judicial onde vários diretores associados tiveram que pagar a conta.
Assinou, assumiu cargo, vai assumir todas as responsabilidades e irresponsabilidades que fizerem em nome da entidade. Prepare-se para pagar a conta la na frente.
Por tudo isso, chamo a atenção dos companheiros e principalmente os mais novos para que não se iludam com historias fantasiosas.
Um aviso!
Voce conhece bem essas pessoas ao qual você vai ajuntar-se (associar-se)
Voce confia plenamente nestas pessoas
Voce acha que elas vão participar a você todas as decisões
Voce acha que elas vão respeitar a sua opinião como diretor quando você se manifestar contra alguma decisão
Voce tem certeza de que vai fazer parte disso.
Assista o vídeo abaixo e compartilhem o máximo que puder entre todos os companheiros da classe.
Sindicatos não podem beneficiar os trabalhadores em geral
Social-democratas, progressistas e toda a esquerda em geral acreditam firmemente, e erroneamente, que sindicatos são capazes de aprimorar o padrão de vida dos assalariados de todo o sistema econômico. E acreditam que eles conseguem fazer isso por meio da imposição de aumentos salariais ou de reduções na jornada de trabalho sem concomitantes reduções salariais. Ao pensarem assim, esses grupos ideológicos cometem a falácia de pressupor que, dado que ganhar mais dinheiro é obviamente um objetivo inteligente para um assalariado buscar, então se todos os assalariados conjuntamente reivindicarem o mesmo para si, tal imposição será igualmente benéfica para todos conjuntamente.
Os proponentes destas ideias se mostram totalmente ignorantes do fato de que aumentos salariais impostos por sindicatos reduzem a quantidade de mão-de-obra demandada e consequentemente geram desemprego tanto para os não-sindicalizados quanto para aqueles trabalhadores cuja habilidade e produtividade geram menos valor do que o novo piso salarial imposto. Mais ainda: menor emprego significa menor produção, e menor produção significa menor oferta de bens e serviços, o que significa preços mais altos. Para coroar tudo, haverá um aumento nos gastos sociais para se conceder benefícios aos desempregados, o que pode levar a um aumento futuro da carga tributária.
A única maneira de se aumentar os salários sem que isso gere um aumento no desemprego é aumentando a quantidade de dinheiro na economia, o que consequentemente tende a elevar o volume de gastos em todo o sistema econômico. Porém, tal fenômeno, assim como o descrito no parágrafo anterior, também levará a um aumento nos preços, e consequentemente não irá aprimorar o padrão de vida dos assalariados.
Expressando estes pontos na tradicional terminologia de oferta e demanda, a única maneira de os salários nominais subirem é havendo uma menor oferta de mão-de-obra — o que significa menos pessoas empregadas — ou havendo mais demanda por mão-de-obra, o que também significa que está havendo uma maior demanda por bens de consumo e, consequentemente, que os preços dos bens de consumo estão mais altos. Logo, por mais surpreendente que isso possa parecer, podemos concluir que salários maiores — sejam eles obtidos por meio de uma menor oferta de mão-de-obra ou por uma maior demanda por mão-de-obra decorrente de um aumento da quantidade de dinheiro na economia — simplesmente não podem aumentar o padrão de vida do assalariado médio.
Temos de concluir, portanto, que se realmente desejam aumentar o padrão de vida do assalariado médio, os sindicatos estão completamente equivocados em ter como objetivo exigir aumentos salariais. No entanto, este é exatamente o seu supremo objetivo, não havendo nenhum outro objetivo comparável à grandiosidade deste.
Sim, é possível haver um aumento na demanda por mão-de-obra que leve a aumentos salariais e que, ao mesmo tempo, não gere aumento na demanda por bens de consumo e nem aumento de preços. Mas isso só poderia ocorrer caso fosse resultado de um aumento na poupança. E o que permitiria isso seria uma grande redução nos gastos do governo feita em simultâneo a uma equivalente redução de impostos, dentre eles o imposto de renda de pessoa jurídica, o imposto de renda de pessoa física, o imposto sobre ganhos de capital e todos os outros impostos que incidem sobre a receita e o lucro das empresas. Dado que impostos são pagos com fundos que poderiam ser poupados e utilizados em investimento, tal redução de impostos permitirá que tais fundos sejam agora efetivamente poupados e investidos. Essa poupança adicional poderia, consequentemente, ser em grande parte utilizada para pagar os aumentos salariais.
Por conseguinte, os assalariados poderiam aumentar correspondentemente seus gastos em consumo. E isso não representaria um aumento geral do gasto em consumo porque estaria sendo financiado por uma equivalente — aliás, mais do que equivalente — redução nos gastos do governo. Ou seja, o governo reduziu seus gastos para que os trabalhadores pudessem aumentar os próprios. Assim, embora os salários dos trabalhadores tenham aumentado, não houve nada que tornasse possível a elevação generalizada dos preços.
No entanto, desnecessário dizer que tais reduções de impostos são um anátema absoluto para os sindicatos e seus defensores.
Nunca é demais ressaltar que o que de fato aumenta o padrão de vida dos assalariados é o aumento na produtividade da mão-de-obra — isto é, um aumento na quantidade de bens produzidos por unidade de mão-de-obra. Este aumento de produtividade serve para aumentar a oferta de bens em relação à quantidade de mão-de-obra disponível. E tal aumento na oferta de bens em relação à mão-de-obra leva a uma redução dos preços dos bens em relação aos salários pagos. Caso a quantidade de dinheiro na economia fosse constante ou aumentasse muito pouco, os preços cairiam ao mesmo tempo em que os salários permaneceriam inalterados. Havendo um aumento mais substancial da quantidade de dinheiro na economia, seria possível que os preços permanecessem inalterados ao mesmo tempo em que os salários subissem. Seria possível também que tanto preços e salários aumentassem, mas com os preços subindo menos que os salários. A questão é que, se estiver havendo um aumento contínuo da produtividade, de modo que a quantidade de bens esteja sempre aumentando em relação à quantidade de mão-de-obra disponível, estará havendo um aumento no padrão de vida dos assalariados.
É essencial entender que a base para um aumento da produtividade da mão-de-obra está na quantidade de investimento feito na produção de bens de capital. E investimentos em bens de capital são estimulados por reduções nos gastos do governo acompanhadas por uma equivalente redução naqueles impostos que são pagos com fundos que, uma vez liberados deste encargo, poderão ser substancialmente poupados e investidos em bens de capital.
O problema é que os sindicatos e seus defensores ideológicos são totalmente alheios a estes fatos econômicos. Acima de tudo, eles são ignorantes quanto ao fato de que o padrão de vida dos assalariados não advém necessariamente de um aumento salarial mas sim de uma queda de preços dos bens de consumo e dos serviços. Como explicado acima, a queda nos preços não precisa ser em termos nominais ou absolutos. Basta apenas que seja uma queda relativa, isto é, que os preços aumentem menos que os salários — ou, colocando de outra forma, que os preços ao menos sejam menores do que seriam caso o único fator atuante fosse um aumento na quantidade de dinheiro e do volume de gastos na economia.
Quando finalmente se entende que o real aumento do padrão de vida dos assalariados advém da redução relativa de preços e não do aumento nominal dos salários, não é difícil chegar à conclusão de que os sindicatos não apenas são totalmente ignorantes em relação a como elevar o padrão de vida dos assalariados em geral, mas também atuam diretamente contra os interesses dos assalariados em geral. Em vez de agirem de modo a facilitar investimentos em bens de capital, o que aumentaria a produtividade (logo, os salários) e a oferta de bens de consumo, e consequentemente reduziria os preços relativos destes bens, os sindicatos defendem medidas que necessariamente obstruem esses investimentos, como impostos, encargos sociais e trabalhistas, e maiores gastos com salários.
Sindicatos podem aumentar o padrão de vida de pequenos grupos de trabalhadores, mas apenas ao adquirirem privilégios monopolísticos que limitam o número de trabalhadores que podem ser empregados em uma determinada linha de trabalho ou ao gerarem ou manterem uma necessidade artificial pelos serviços de trabalhadores de determinadas áreas. Porém, nestes casos, os sindicatos estão reduzindo o padrão de vida de outros trabalhadores. Os trabalhadores que forem impedidos de trabalhar em áreas dominadas por sindicatos terão de encontrar empregos em outros setores, nos quais o acréscimo de sua mão-de-obra servirá apenas para reduzir ainda mais os salários. Se houver leis de salário mínimo que proíbam uma redução salarial, então estes trabalhadores desalojados acabarão simplesmente desempregados ou tomando os empregos de outros trabalhadores menos qualificados, os quais ficarão desempregados.
À luz de tudo isso, é possível entendermos como a produtividade da mão-de-obra ao longo dos últimos 225 anos aumentou em uma escala de vários múltiplos, e com um comparavelmente enorme efeito positivo sobre os salários reais (a quantidade de horas de trabalho necessária para se adquirir bens e serviços corriqueiros vem caindo continuamente) e sobre o padrão de vida geral, e sem nenhum efeito negativo sobre a taxa de desemprego. Com efeito, o número total de assalariados empregados também aumentou enormemente, em linha com o aumento populacional possibilitado pelo aumento na produtividade da mão-de-obra e o consequente aumento no padrão de vida.
A única contribuição dos sindicatos a esse processo é impedi-lo ou retardá-lo. A cada avanço ocorrido no mundo empreendedorial, os sindicatos tentam combater o aumento da produtividade sempre que isso ameaça reduzir o número de empregos disponíveis para seus membros. Com efeito, eles abertamente se orgulham de "manter pessoas empregadas" quando deveriam era se orgulhar de criar bens e ser produtivos, aparentemente incapazes de compreender que manter empregos exigindo uma mão-de-obra maior do que a necessária para produzir um determinado bem serve apenas para impedir a produção de outros bens, os quais, conjuntamente a esse bem em particular com o qual eles estão preocupados, poderiam aumentar o padrão de vida dos trabalhadores.
Para continuarem existindo, sindicatos necessitam de um "sangue fresco" que possa ser continuamente sugado. Sua mais abundante e fecunda fonte nas últimas décadas tem sido os funcionários públicos, que hoje formam a maioria de seus membros. Ao fazerem vultosas contribuições para a campanha de políticos corruptos, e ao obrigarem seus membros a votarem em massa nestes políticos, os sindicatos dos funcionários públicos podem garantir salários e aposentadorias magnânimas (para não dizer bizarras) para seus membros, tudo financiado pelos pagadores de impostos do setor privado. Em face das iminentes falências governamentais ao redor do mundo, este processo parasitário vem encontrando crescente oposição. A esperança do setor produtivo é que ele esteja hoje próximo de seu fim.
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1500
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